
Você sabia que a anemia é um dos problemas mais comuns entre mulheres, especialmente após os 40 anos? E o pior: muitas vezes ela passa despercebida. Cansaço constante, tontura, palpitações, falta de ar, falta de concentração, unhas fracas, queda de cabelo… tudo isso pode ser sinal de deficiência de ferro.
Principais causas da anemia em mulheres
As razões para a deficiência de ferro podem variar bastante, mas as mais comuns são:
- Baixa ingestão de ferro – Especialmente para quem não consome carne vermelha com frequência.
- Problemas de absorção – Mulheres com intestino sensível, baixa acidez estomacal ou histórico de SIBO podem ter dificuldades em absorver ferro dos alimentos.
- Perdas sanguíneas – Fluxos menstruais intensos podem esgotar as reservas de ferro rapidamente.
- Carência de cofatores – O ferro precisa de alguns aliados para ser bem absorvido pelo corpo. Sem vitamina C, B12 e folato, ele não desempenha sua função adequadamente.
Outras causas: É importante lembrar que a anemia não é causada apenas pela deficiência de ferro. Existem outras causas, como deficiência de vitamina B12, folato, doenças crônicas, problemas genéticos, etc.
Como melhorar a absorção do ferro no dia a dia
Se houver suspeita de deficiência de ferro ou o objetivo for prevenir a anemia, algumas estratégias podem ajudar:
- Consumir ferro junto com vitamina C – Sempre que ingerir alimentos ricos em ferro (carnes, feijão, lentilhas, espinafre), incluir fontes de vitamina C, como limão, acerola ou laranja, para otimizar a absorção.
- Evitar café, chá preto e leite nas refeições principais – Esses alimentos contêm substâncias que dificultam a absorção do ferro. O ideal é consumi-los em outros momentos do dia.
- Priorizar fontes de ferro biodisponíveis – A carne vermelha é a melhor opção, mas vegetais verde-escuros, sementes de abóbora e leguminosas também são boas alternativas.
- Melhorar a digestão – Se houver sinais de baixa acidez estomacal, o consumo de enzimas digestivas ou vinagre de maçã antes das refeições pode ajudar o organismo a absorver melhor o ferro.
- Acompanhar os níveis de ferritina – Mesmo com hemoglobina normal, estoques baixos de ferro podem indicar deficiência. Monitorar os exames regularmente é fundamental.
E se precisar suplementar ferro?
Em alguns casos, a suplementação pode ser necessária para corrigir deficiências mais severas. Mas é importante saber como e quando tomar para garantir a melhor absorção e evitar desconfortos gastrointestinais:
- Tomar em jejum ou longe das refeições principais – O ferro é melhor absorvido com o estômago vazio. Se houver desconforto, pode ser ingerido com uma pequena fonte de vitamina C, como suco de acerola ou laranja.
- Evitar consumir com cálcio, café ou chás – O cálcio compete com o ferro pela absorção. O ideal é separar os suplementos de ferro de laticínios, café, chá preto e suplementos de cálcio em pelo menos duas horas.
- Escolher a forma mais bem tolerada – Algumas pessoas apresentam sensibilidade ao sulfato ferroso, que pode causar constipação e desconforto gástrico. O ferro bisglicinato tende a ser melhor tolerado e absorvido. Sempre converse com seu médico sobre a melhor opção no seu caso.
- Monitorar os exames regularmente – O excesso de ferro também pode ser prejudicial. Acompanhar ferritina e outros marcadores é essencial para evitar sobrecarga.
O ferro é essencial para a energia, imunidade e até para o equilíbrio hormonal. Cuidar da absorção desse mineral é um passo importante para manter a saúde em dia.