
Hoje eu quero conversar com vocês sobre Reposição Hormonal. Esse é um assunto super polêmico e que eu acho importante ressaltar alguns pontos que a maioria das mulheres não estão cientes.
- A terapia de reposição hormonal, é um tratamento para aliviar os sintomas menopausais, como os fogachos/hot flashes, ressecamento vaginal, perda óssea, variações de humor, entre outros.
- Ela pode ser feita através de diversas formas, alguns métodos combinam estrogênio e progesterona, outros apenas um dos dois e, dependendo do caso, a testosterona também pode ser prescrita.
- Particularmente, eu acredito que uma mulher deve buscar uma terapia de reposição hormonal sempre em conjunto com uma boa reeducação alimentar e uma boa modulação intestinal.
- E eu falo isso porque já acompanhei diversos casos de mulheres que, após fazerem modificações em sua alimentação e em seu estilo de vida, tiveram melhoras extremamente significativas em seus sintomas e outras que, iniciaram a reposição hormonal de forma isolada e sem fazerem mudanças em sua alimentação, e ficaram extremamente frustradas...
Ou seja, tenha em mente que também existem diversos fatores não ligados à sua genética que podem impactar muito a severidade de seus sintomas. E que antes de você já partir para uma reposição hormonal, seria muito importante você checar os seguintes pontos:
- Carências nutricionais e vitamínicas;
- Quadros inflamatórios crônicos e de disbiose intestinal;
- Baixa capacidade de detoxificação e saúde comprometida do fígado;
- Estilo de vida sedentário;
Alguns pontos que valem a pena ser mencionados:
A TRH pode ser administrada pelas seguintes formas:
- Via oral: Comprimidos e cápsulas.
- Via transdérmica: Gel ou creme.
- Via vaginal: Creme, anel vaginal ou comprimido.
- Implante: Implantado sob a pele.
1- Metabolismo hepático:
Quando os hormônios são utilizados pela via oral, eles precisam passar pelo fígado antes de se tornarem ativos. Ou seja, sua estrutura molecular precisa ser modificada para que eles passem primeiro pelo caminho fígado/intestino para depois realizarem suas funções. E esse processo acaba oferecendo uma sobrecarga considerável no fígado.
Nesse aspecto, tanto a via transdérmica, quanto a vaginal e os implantes levam os hormônios diretamente para a corrente sanguínea, evitando a passagem pelo fígado e reduzindo o risco de efeitos colaterais relacionados ao metabolismo hepático dos hormônios.
2- Variações hormonais:
Na via transdérmica, os hormônios são absorvidos gradualmente pela pele ao longo do dia, resultando em níveis hormonais mais estáveis no sangue. Isso significa que a mulher não experimenta os picos e quedas nos níveis hormonais que podem ocorrer com a via oral, e que geralmente aumentam a incidência de efeitos colaterais.
Com relação aos implantes, o s níveis de liberação hormonal podem ser estáveis durante a sua vida útil, contudo como a dosagem hormonal não pode ser ajustada após a aplicação do implante, isso se torna uma desvantagem em caso de efeitos colaterais mais fortes.
Em resumo, apenas um médico (e se for um médico funcional, melhor...) poderá te orientar com relação às terapias de reposição hormonal mais indicadas para você, contudo vale ressaltar alguns casos em que ela NÃO é recomendada:
- Em casos de câncer de mama ou endométrio;
- Quando há obstrução de vasos sanguíneos;
- Sangramento vaginal;
- Lesões do endométrio;
- Doenças no fígado;
Vale lembrar que esse é um assunto muito delicado e que existem diversas vertentes sobre ele, por isso é importantíssimo buscar orientação médica e fazer sua própria pesquisa antes de iniciar esse tipo de terapia.