Reposição hormonal e menopausa, conheça as opções

Hoje eu quero conversar com você sobre Reposição Hormonal. Esse é um assunto super polêmico e que eu acho importante ressaltar alguns pontos que a maioria das mulheres não estão cientes.

 


✅ A terapia de reposição hormonal, é um tratamento para aliviar os sintomas menopausais, como os fogachos/hot flashes, ressecamento vaginal, perda óssea e variações de humor, entre outros.

 


✅ Ela pode ser feita através de diversas formas, alguns métodos combinam estrogênio e progesterona, outros apenas um dos dois e, dependendo do caso, a testosterona também pode ser prescrita.

 


✅ Particularmente, eu acredito que uma mulher APENAS deve buscar uma terapia de reposição hormonal APÓS já ter feito uma boa reeducação alimentar e uma boa modulação intestinal e, MESMO APÓS ISSO, ainda estiver sofrendo com fortes sintomas.

 


✅ E eu falo isso porque já acompanhei diversos casos de mulheres que, após fazerem modificações em sua alimentação e em seu estilo de vida, tiveram melhoras extremamente significativas em seus sintomas e não precisaram recorrer à reposição hormonal. 

 


✅ Ou seja, tenha em mente que também existem diversos fatores não ligados à sua genética que podem impactar muito a severidade de seus sintomas.  E que antes de você já partir para uma reposição hormonal, seria muito importante você checar os seguintes pontos:

 

  • Carências nutricionais e vitamínicas;
  • Quadros inflamatórios crônicos e de disbiose intestinal;
  • Baixa capacidade de detoxificação e saúde comprometida do fígado;
  • Estilo de vida sedentário;

 

Mas, de qualquer forma, gostaria de elencar alguns pontos importantes:

 


1- Terapia de reposição hormonal sintética através de Anticoncepcionais orais:

 


Quando os estrogênios são tomados via oral (anticoncepcionais), eles precisam passar pelo fígado antes de se tornarem ativos. Ou seja, sua estrutura molecular precisa ser MODIFICADA para que eles passem primeiro pelo caminho fígado/intestino para depois realizarem suas funções.

 


Dessa forma, além de sobrecarregarem mais o fígado, eles não produzem exatamente a mesma resposta hormonal que a de um estrogênio natural nosso, pois possuem uma forma molecular DIFERENTE.

 


Fora isso, as dosagens e concentrações hormonais são PADRÃO, ou seja, eventualmente você pode estar tomando uma dose inferior ou superior àquela que você esteja realmente precisando e isso pode te gerar mais efeitos colaterais.

 


2- Terapia de reposição Hormonal Bioidêntica transdérmica (gel/cremes):

 


Quando os hormônios são utilizados na forma de gel/creme (transdérmica), eles possuem uma estrutura molecular muito parecida com à dos estrogênios verdadeiros produzidos pela mulher durante sua vida reprodutiva.

 


Ou seja, além de oferecerem uma sobrecarga menor ao fígado, eles produzem uma resposta hormonal muito mais parecida com à dos hormônios naturais da mulher, uma vez que sua estrutura molecular é idêntica.

 


Mas o mais importante no meu ponto de vista é que, uma reposição hormonal bioidêntica será ministrada em DOSAGENS ADEQUADAS às suas necessidades e não em dosagens padrão (de prateleira) como as presentes nos anticoncepcionais.

 


Fora isso, existem indícios de que a via transdérmica traria menos efeitos colaterais para a saúde vascular, com menores riscos de trombose nas veias e AVC. E isso acontece porque quando o estrogênio passa pelo fígado, ele gera uma maior quantidade de substâncias que favorecem a coagulação do sangue, aumentando a predisposição à trombose.

 


❌ Apenas um médico (e se for um médico funcional, melhor!) poderá te orientar com relação às terapias de reposição hormonal mais indicadas para você, contudo vale ressaltar alguns casos em que ela NÃO é recomendada:

 

  • Em casos de câncer de mama ou endométrio;
  • Quando há obstrução de vasos sanguíneos;
  • Sangramento vaginal;
  • Lesões do endométrio;
  • Doenças no fígado;

 


Vale lembrar que esse é um assunto muito delicado e que existem diversas vertentes sobre ele, por isso é importantíssimo buscar orientação médica e fazer sua própria pesquisa antes de iniciar esse tipo de terapia.